sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

BRUNELLO CONTINUA O VINHO MAIS CARO DA ITÁLIA

Em conformidade a quanto publicado pelo ISMEA (Instituto de Serviços para o Mercado Agrícola Alimentar) sobre os preços médios na origem, atualizados em Dezembro de 2019, das principais denominações italianas o Brunello di Montalcino continua o vinho mais caro da Itália com um preço de Euro 1.085 por hectolitro, no mesmo patamar do mês anterior e do mesmo mês de 2018.
Logo atrás o Amarone della Valpolicella com uma cotação que, dependendo da safra, oscila entre 725 e 800 Euro/hl. Já o Barolo, no último lugar do pódio, perde o 15,8% em comparação ao 2018, cotado a 665 Euro/hl. enquanto o primo dele, o Barbaresco, que ocupa a quarta colocação, limita a perda à -3,5%, fixando a própria cotação a 535 Euro/hl., pouco menos do dobro do Chianti Clássico, com cotação a 272,5 Euro/hl. com uma perda de 3,5%.
Quanto as outras denominações tintas, muito bem o Etna, que está se confirmando sempre mais como uma referência qualitativa do Sul da Itália, com cotações que subiram 13,5% alcançando 205 Euro/hl. Por tradição e volume de produção não podemos não considerar o Chianti, que registra uma forte inflexão na própria cotação (-19,6%) com o preço médio de 112,5 Euro/hl, enquanto o Montepulciano d'Abruzzo permanece estável em comparação a Dezembro 2018, com preço por hectolitro de Euro 73,75. O tinto que teve maior aumento de preço é uma denominação menos conhecida, o Monica di Sardegna (+31,7% com preço de 160 Euro/hl.) e aquele que teve maior perda de preço foi o Barbera del Piemonte (-26,1%), alias todas as denominações do Piemonte tiveram erosão nos preços médios na origem.
Quando analisamos as denominações brancas a primeira observações que se faz é que os preços médios são muito abaixo dos tintos: o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo Gavi e Cortese di Gavi do Piemonte, com um preço médio de 280 Euro/hl. (-3,4%) e logo atrás duas bases para as tão badalados espumantes italianos, o Pinot Nero do Trentodoc que custa 275 Euro/hl. (+3,8%) e o Prosecco di Conegliano Valdobbiadene, estável à 245 Euro/hl. Em sequência temos o Vermentino di Gallura (+4,5%) e o Roero Arneis (+2,2%) com preços de 235 Euro/hl., o Prosecco a 200 Euro/hl com um aumento expressivo de preço (+12,7%) e os vinhos base para o Marsala (+2,2%) a 195 Euro/hl.
Sempre em termos de brancos o preço médio do Soave cresce (+4,5%) e se atesta a Euro 92/hl., o do Orvieto fica estável a 100 Euro/hl. assim como o Asti Moscato que mantém o mesmo preço médio alcançado em Dezembro de 2018 (170 Euro/hl.).

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

BEST WINE CRITIC OF THE WORLD 2020

A "Best Wine of the World Competition" analisou mais de 218.966 votos emitidos por wine lovers, sommeliers e experts do setor do vinho ao redor do mundo (56 Países) para premiar o melhor crítico enológico: o eleito a nível mundial foi NEIL MARTIN, editor senior da revista Vinous, criada em 2014 por Antonio Galloni, com milhares de assinantes em mais de 85 Países.
Além de melhor crítico a nível mundial cada país produtor, com maior tradição enológica, votou o crítico mais influente de cada País, que melhor capta as peculiaridades e características dos vinhos do seu território: o Best Italian Wine Critic of the World 2020 foi para JAMES SUCKLING, um dos críticos mais influentes no mundo, muito apreciado do Oriente e com vínculos muito estreitos com a Itália, que descobriu quando era correspondente da Wine Spectator. Além de ser cidadão honorário da cidade de Montalcino, acompanhou os últimos 40 anos da evolução da enologia italiana, e graças as pontuações atentas, ajudou a retomada dos vinhos de qualidade da velha bota.
Voltando a classificação final do Best Wine Critic of the World 2020, ocupa o segundo degrau do pódio JANCIN ROBINSON, uma das mais importantes mulheres do mundo do vinho, crítica enológica, Master of Wine e caneta atenta do Financial Times, enquanto o último lugar do pódio é ocupado por MICHEL BETTANE, que cuida do mais prestigioso guia aos vinhos da França "Bettane & Dessauve", único representante que não tem uma formação anglo-sáxone.
A classificação continua com:
4- JEANNIE CHO LEE (Master of Wine - Hong-Kong)
5- JAMES SUCKLING
6- ALLEN MEADOWS (Um dos maiores experts de vinhos da Borgonha)
7- LISA PEROTTI-BROWN (Master of Wine - Wine Advocate)
8- ANTONIO GALLONI (Fundador da Vinous) 
9- TIM ATKINS (Master of Wine);
10- ANDREW CAILLARD (Master of Wine Inglês mas ponto de referência da enologia australiana).

Depois de reparar que entre os primeiros 10 lugares, 3 são ocupados por mulheres, quem disse quem mulher não entende de vinho?!