sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

PRODUÇÃO DE VINHOS CHILENOS EM 2019

2019 foi um bom ano para a produção de vinhos no Chile, com um volume de quase 12 milhões de hl. Mesmo registrando uma diminuição de, aproximadamente, 7% em comparação a 2018, o volume de 10,3 milhões de hectolitros é superior à média dos últimos 7 anos (+6,3%) e, além do mais, a castas mais tradicional do Chile registrou um aumento significativo em comparação à média histórica dos últimos 7 anos (Cabernet Sauvignon +2%), enquanto a Sauvignon Blanc manteve o mesmo patamar de crescimento.
Outra boa notícia foi que os vinhos DOC também se atestam como os principais vinhos produzidos no Chile, aumentando a própria participação de 83 para 86%:

Aprofundando mais a análise das castas produzidas em 2019 a Cabernet Sauvignon alcançou o volume de 3,6 milhões de hectolitros (+18% e +12% sobre a média histórica), 1,5 milhões de hectolitros produzidos de Sauvignon Blanc (igual a 2018 mas 8% acima da média histórica). Já o Merlot chegou a um volume produzido de 1,2 milhões de hl. (igual ao 2018 mas -8% em comparação à média histórica) e o Chardonnay produzido em 2019 foi 0,9 milhões de hl. (+6% em comparação ao ano anterior mas -10% em comparação à média histórica). Entre as castas remanescentes bom crescimento do Carmenere (0,9 milhões de hl. +14% sobre 2018) enquanto diminui a produção de Syrah (0,6 milhões de hl. -6% sobre 2018):


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

EXPORTAÇÃO VINHOS ITALIANOS - PRIMEIROS NOVE MESES DE 2019

Crescem as exportações italianas, mesmo que em ritmo mais lento. É o que revela o ISTAT (Istituto Italiano di Statistica) com a recente publicação dos dados da exportações de vinhos italianos dos primeiros novem meses deste ano. Com um volume de 4,6 bilhões de Euros as exportação registram um aumento de 3,8% sobre o mesmo período de 2018, mesmo que o ritmo deste aumento esteja diminuindo de intensidade, já que em Maio as exportações registravam um resultado de +5,4%.
Para os vinhos de qualidade a primazia regional é dividida entre Piemonte e Toscana, já quanto aos volumes a primeira região é o Veneto, com Prosecco, Amarone, Soave e Lugana: os volumes do Veneto correspondem a 1,6 bilhões de Euros, mais de 1/3 de todo o volume exportado, com as exportações de vinhos do Veneto crescendo 3,5% em comparação a 2018. Distantes, mas mesmo assim com bons resultados acima da média nacional, os volumes das exportações do Piemonte (743 milhões) +5,2%, Toscana (734 milhões) +6,6%.
As três regiões acima (Veneto, Piemonte e Toscana) são responsáveis pelos 2/3 de todas as exportações italianas de 2019.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

FINE WINE 2019 - Andamento de mercado da Liv-Ex

A Live-Ex, organização mundial de comercio de vinhos finos, que reúne mais de 440 operadores do setor que distribuem e comercializam somente vinhos finos  ao redor do mundo e que gera volumes de negócios de mais 70 milhões de Libras com 15.000 tipos e vinhos diferentes, publicou os dados relativos ao benchmark deste mercado peculiar e único.
Desta vez os principais "high light" de 2019 dos vinhos finos que está terminando são todos vinhos italianos: se de um lado os grande vinhos de investimento, após vários anos de crescimento acentuado, apresentam uma retração de -2,86% nos últimos 12 meses no indicador Liv-Ex 100, principalmente a causa da diminuição dos preços dos grandes vinhos franceses (que de qualquer jeito permanecem com cotações muito elevadas) que em alguns casos perdem até o 7%, do outro lado o único indicador que cresce é aquele dedicado à Italy 100, que analisa os últimos 10 anos físicos de Sassicaia, Masseto, Solaia e Tignanello de Antinori, Ornellaia, Barbaresco, Sperss e Sorì San Lorenzo de Gaja, Barolo Monfortino de Giacomo Conterno e Redigaddi de Tua Rita, que registrou um aumento de 5,47%
Entre todos os rótulos que compõem a Liv-Ex 1000 o que registrou a maior variação positiva foi o Barolo Monfortino Riserva 2002 de Giacomo Conterno, cujo preço aumentou em 75% de Janeiro à Dezembro deste ano (de 5.940 Libras por caixa para 10.390 Libras/caixa), ma entre os primeiros 10 rótulos que tiveram maior crescimento aparecem também o arbaresco 2007 e 2011 e o Sorì San Lorenzo de Gaja, com aumentos de preços entre 30 e 35%.
Todas estas mudanças repercutem diretamente sobre o market share dos vários países: Bordeaux que era responsável por 59% de todas as vendas em 2018 viu sua participação cair, este ano, para 55%, a Borgonha cresceu de 15 para 19% e a Itália e o Champagne aumentaram a própria participação alcançando o 9% de todas as transações, com piques nestas últimas semanas de 11%, após a introdução pela EUA dos impostos sobre o vinho que tinham poupado justamente a Itália e a região dos espumantes mais conhecidos da França.