quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

FINE WINE 2019 - Andamento de mercado da Liv-Ex

A Live-Ex, organização mundial de comercio de vinhos finos, que reúne mais de 440 operadores do setor que distribuem e comercializam somente vinhos finos  ao redor do mundo e que gera volumes de negócios de mais 70 milhões de Libras com 15.000 tipos e vinhos diferentes, publicou os dados relativos ao benchmark deste mercado peculiar e único.
Desta vez os principais "high light" de 2019 dos vinhos finos que está terminando são todos vinhos italianos: se de um lado os grande vinhos de investimento, após vários anos de crescimento acentuado, apresentam uma retração de -2,86% nos últimos 12 meses no indicador Liv-Ex 100, principalmente a causa da diminuição dos preços dos grandes vinhos franceses (que de qualquer jeito permanecem com cotações muito elevadas) que em alguns casos perdem até o 7%, do outro lado o único indicador que cresce é aquele dedicado à Italy 100, que analisa os últimos 10 anos físicos de Sassicaia, Masseto, Solaia e Tignanello de Antinori, Ornellaia, Barbaresco, Sperss e Sorì San Lorenzo de Gaja, Barolo Monfortino de Giacomo Conterno e Redigaddi de Tua Rita, que registrou um aumento de 5,47%
Entre todos os rótulos que compõem a Liv-Ex 1000 o que registrou a maior variação positiva foi o Barolo Monfortino Riserva 2002 de Giacomo Conterno, cujo preço aumentou em 75% de Janeiro à Dezembro deste ano (de 5.940 Libras por caixa para 10.390 Libras/caixa), ma entre os primeiros 10 rótulos que tiveram maior crescimento aparecem também o arbaresco 2007 e 2011 e o Sorì San Lorenzo de Gaja, com aumentos de preços entre 30 e 35%.
Todas estas mudanças repercutem diretamente sobre o market share dos vários países: Bordeaux que era responsável por 59% de todas as vendas em 2018 viu sua participação cair, este ano, para 55%, a Borgonha cresceu de 15 para 19% e a Itália e o Champagne aumentaram a própria participação alcançando o 9% de todas as transações, com piques nestas últimas semanas de 11%, após a introdução pela EUA dos impostos sobre o vinho que tinham poupado justamente a Itália e a região dos espumantes mais conhecidos da França.


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