quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

CONSUMO MUNDIAL DE VINHO

Os dados da IWSR (International Wine and Spirit Records) comprovaram que o consumo mundial de vinho "fermo", ou seja não frizante e não espumante, como é chamado pelos italianos, nos últimos 3 anos cresceu com uma taxa de 0,5%, correspondente a um aumento de 250 milhões de taças. Um crescimento lento mas superior á média dos últimos dez anos 2007 - 2017 (+0,2%), com um volume complexivo que chegou a 2,4 bilhões de caixas, ou seja 1,2 bilhões de garrafas a mais que foram abertas nos últimos dez anos. 
Na década anterior (1997 - 2007) esta tendência era mais acentuada tanto que o aumento médio foi de +1%: os fatores que mais afetaram a diminuição do trend de crescimento nos últimos dez anos foram, sem sombra de dúvida:
  • a instabilidade econômica oriunda da crise financeira de 2008;
  • a diminuição dos consumos por parte dos países produtores (Itália, França, Espanha e Argentina) e dos mercados mais maduros (Inglaterra especialmente); e
  • o desamor, do público mais jovem, pelo consumo de vinho.
Neste quadro as compras de garrafa de médio ou baixo custo (abaixo de US$ 10,00) diminuíram de 0,2% ao ano na última década, com participação no mercado que passou de 91% para 88%, enquanto a faixa dos vinhos premium (acima de US$ 10,00 por garrafa) ganho o 3,6% no mesmo período.
Voltando a análise dos últimos 3 anos o consumo dos vinhos domésticos mostrou sinais de lenta retomada (0,1% a.a.), graças principalmente à Itália que passou de 380 milhões de caixas compradas em 1990 as 244 milhões em 2014 para chegar, em 2017, a 256 milhões de caixas. 
Os dois principais mercados para os vinhos "fermi" são Alemanha e Inglaterra, mas ambos em diminuição nos últimos 10 anos: Berlin perdeu 12 milhões de caixas enquanto Londres 21 milhões de caixas, a maioria de baixo custo. A diminuição destes dois mercados foi, de qualquer jeito, amenizada pelo crescimento da China (+57 milhões de caixas), Japão (+9 milhões), Canada (+8 milhões), Austrália e Brasil (+5 milhões respectivamente), EUA e Polônia (+4 milhões).

Nenhum comentário:

Postar um comentário