quarta-feira, 16 de junho de 2021

CHIANTI CLÁSSICO - Mudanças nas regras de produção para maior identificação com o território

 A assembleia de produtores do "Consorzio Gallo Nero" acabou de aprovar, com grande maioria, duas importantes mudanças nas regras de produção do mais tradicional vinho da Toscana, o Chianti Clássico Docg, regras que modificarão o disciplinar de produção, quando for publicado pelo Ministério da Agricoltura no Diário Oficial. De acordo a quanto comunicado por Giovanni Manetti, presidente do Consorzio, estas mudanças visam a valorização de um território único, coberto pelos bosques por 2/3 de sua extensão e que atualmente opera por mais da metade da própria superfície plantada com agricultura biológica. 

A última modificação do disciplinar de produção de 2013, publicada em 07/03/2014, introduziu a nova tipologia Chianti Classico Gran Selezione, como a de melhor qualidade dentro desta denominação, onde as uvas devem ser oriundas de um único vinhedo ou de vinhedos diferentes porém de uma única propriedade, e o vinho deve afinar, pelo menos, 30 meses, cuja 3 em garrafa, antes da comercialização.

A primeira proposta de modificação ao disciplinar atualmente apresentada e aprovada diz respeito a introdução de Unidades Geográficas Adicionais ao Chianti Clássico Docg: isso, na realidade, representa uma forma mais contundente de vincular o produto com o território para criar maior identidade, dividindo o território em áreas mais delimitadas, com maior homogeneidade, podendo indicar no rótulo o nome do borgo ou da localidade . Castellina, Castelnuovo Berardenga, Gaiole, Gerve, Lamole, Montefioralle, Panzano, Radda, San Casciano, San Donato in Poggio e Vagliali serão as novas Unidades Geográficas Adicionais que, numa primeira fase, poderão ser utilizadas somente na tipologia Gran Selezione.

A segunda mudança diz respeito ao blend para produção do Chianti Clássico Gran Selezione Docg: a porcentagem de Sangiovese necessário subiu de 80 para 90% e no restante 10% poderão ser utilizadas somente castas autóctones da Toscana, eliminando a possibilidade de utilizar castas internacionais. Mais uma vez falou mais alto a vontade dos produtores de elevar a qualidade do produto, firmando o compromisso de identificação mais profunda entre o vinho e as castas locais para reforçar de forma mais incisiva o binômio vinho-território (continua a obrigatoriedade da origem das uvas do mesmo vinhedo ou de vinhedos diferentes pertencente a uma única propriedade).

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