segunda-feira, 9 de setembro de 2019

VINDIMA 2019 NA ITÁLIA: PREVISÕES AQUÉM DAS ESPECTATIVAS

Os primeiros dados publicados relativamente as estimativas sobre a vindima 2019 e, que pela primeira vez, colocam de acordo as principais entidades enológicas italianas do setor como UIV, Assonologi e ISMEA, indicam um diminuição em volume de 16% em comparação ao ano anterior, apesar de um volume de produção em valor absoluto em linha com a média histórica dos últimos 10 anos. As elaborações dos dados analisados no começo de Agosto estimam uma produção de 46 milhões de hl. com uma diminuição de 16% em comparação ao record histórico de produção de quase 55 milhões de hl. do ano passado.
Em âmbito regional se registra uma diminuição generalizada da produção de todas as regiões italianas com exceção da Toscana e o Veneto e a Puglia serão, de novo, as regiões de maior produção da península, com aproximadamente 11,2 e 8 milhões de hl. produzidos. Mais em detalhe o Veneto deverá perder 16% da produção, exatamente em linha com a média nacional, a Puglia - 14,8%, a Emilia Romagna -20% (terceira região em termos de volume com 7.4 milhões de hl.), Sicília -20%, Abruzzo - 11%, Piemonte -15% e Toscana +10% (2,5 milhões de hl.).
As perdas maiores se registram nas uvas mais precoces enquanto para as uvas com amadurecimento mais tardio a evolução produtiva estará diretamente vinculada ao andamento metereológico do mês de Setembro.
A causa principal da diminuição na produção é diretamente ligada a fatores climáticos adversos: as anomalias começaram já no inverno com temperaturas de pouco superiores à média e, por contra, chuvas inferiores à média, situação meteorológica que se esticaram até meado de Abril, enquanto em Maio tivemos uma clara inversão de tendência, com temperaturas muito baixas e chuvas abundantes que resultaram em um atraso da floração e na diminuição do ciclo vegetativo das videiras. Durante os meses de Junho e Julho as chuvas foram muito escassas obrigando, em algumas áreas, a intervir com irrigações de emergência, especialmente para as videiras mais jovens. Em agosto o grande calor combinou com o aumento das chuvas mas, especialmente, as excursões térmicas foram bem evidentes o que ajudou no amadurecimento das uvas e na formação aromática das mesmas. 
De todo modo podemos esperar uma qualidade boa da próxima safra, a menos de estragos climáticos irreparáveis nestas ultimas 3 semanas.

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