A Borgonha é uma pequena região localizada na área centro oriental da França, geograficamente delimitada ao norte pela cidade de Dijon e que se estende por, aproximadamente, 50 km ao sul e, sem sombra de dúvida, uma das áreas enológicas mais conhecidas no mundo pela elegância e complexidade de sues vinhos, principalmente produzidos de uvas Chardonney e Pinot Noir, e pela fama e valor que estes vinhos ganharam ao longo dos anos. Não é a toa que 6 produtores da Borgonha fazem parte da última Liv Ex Power 100 que classifica as grandes marcas de vinho com base em diversos critérios que dizem respeito a preços, volumes, valores contratados, e número de referências tratadas.
A localização geográfica e o clima da região são as características principais pela qualidade dos vinhos: deve-se considerar que a Borgonha é um dos lugares mais a norte no mundo onde se produzem vinhos tintos de qualidade e o Chardonnay e o Pinot Noir exprimem suas melhores características em climas frescos como aquele que se encontra, justamente, nesta região. Porém latitudes tão elevadas nem sempre são uma vantagem, pois as adversidades climáticas podem levar a safras desfavoráveis onde o amadurecimento do vinho é comprometido alterando as características gustativas-olfativas.
Enquanto os Chateaux dominam Bordeuax na Borgonha os demaines são de casa: ao contrário do que acontece em Bordeaux, aqui não representam uma única propriedade composta de vinhedos geralmente colocados nos arredores do chateaux, mas sim um conjunto de vinhedos, até muito pequenos, deslocados em várias áreas do mesmo território, as vezes longe um do outro e em denominações diferentes. Estes terrenos pertencem a uma única empresa e as uvas são vinificadas separadamente de modo a refletir as características de cada área específica.
O terroir é um conceito extremamente importante na Borgonha e aqui como em nenhum outro lugar do mundo o zonamento representa a essência da enologia da região.
Além do Chardonnay e do Pinot Noir na Borgonha se cultivam também a uva Aligoté (uva branca do Maconnais utilizado para produzir vinhos comerciais e de mesa presentes no Cremant de Bourgogne) e a Gamey, conhecidas uvas tintas que da origem aos famosos vinhos Beaujolais.
Para dizer quanto esta região é tão importante dentro do cenário enológico francês temos que analisar mais a fundo a classificação da Borgonha e, realizamos, que o sistema de classificação aqui é diferente d outras áreas da França. Na Côte d'Or são previstas quatro categorias distintas: as Appelations Regional (Bourgogne Rouge e Bourgogne Blanc) produzidos com uvas provenientes de diferentes propriedades e fazendo blend com vinhos produzidos em vários territórios da região. Um degrau acima temos as Appelations communal ou seja os Villages que se destinam aos vinhos produzidos em uma única área específica estabelecida pelo disciplinar de produção. Na etiqueta principal os vinhos devem evidenciar o nome do vilarejo (Beaune, Chambolle-Musigny, Chassagne-Montrachet, Puligny-Montrachet, Nuits-St.Georges, Vosne-Romanée etc.). As categorias superiores preveem a diferenciação dos vinhos por vinhedo. A menção Premier Cru atualmente é destinada à 562 vinhedos (climat) que representam, aproximadamente, o 11% da produção total da Borgonha. O nome do vinhedo é evidenciado, na etiqueta principal, logo atrás do nome do vilarejo onde está localizado. A topo da piramide qualitativa é representada pela classificação Grand Cru representada atualmente por, apenas, 33 vinhedos (2% da produção total da região) e nestes casos na etiqueta principal só é evidenciado o nome do vinhedo sem o nome do vilarejo de localização (Batard- Montrachet, Clos de Veugeot, Echezéaux, La Romanée, La Tâche etc.)
Quanto as áreas de produção a Borgonha pode ser dividida em 5 sub áreas distintas:
Para dizer quanto esta região é tão importante dentro do cenário enológico francês temos que analisar mais a fundo a classificação da Borgonha e, realizamos, que o sistema de classificação aqui é diferente d outras áreas da França. Na Côte d'Or são previstas quatro categorias distintas: as Appelations Regional (Bourgogne Rouge e Bourgogne Blanc) produzidos com uvas provenientes de diferentes propriedades e fazendo blend com vinhos produzidos em vários territórios da região. Um degrau acima temos as Appelations communal ou seja os Villages que se destinam aos vinhos produzidos em uma única área específica estabelecida pelo disciplinar de produção. Na etiqueta principal os vinhos devem evidenciar o nome do vilarejo (Beaune, Chambolle-Musigny, Chassagne-Montrachet, Puligny-Montrachet, Nuits-St.Georges, Vosne-Romanée etc.). As categorias superiores preveem a diferenciação dos vinhos por vinhedo. A menção Premier Cru atualmente é destinada à 562 vinhedos (climat) que representam, aproximadamente, o 11% da produção total da Borgonha. O nome do vinhedo é evidenciado, na etiqueta principal, logo atrás do nome do vilarejo onde está localizado. A topo da piramide qualitativa é representada pela classificação Grand Cru representada atualmente por, apenas, 33 vinhedos (2% da produção total da região) e nestes casos na etiqueta principal só é evidenciado o nome do vinhedo sem o nome do vilarejo de localização (Batard- Montrachet, Clos de Veugeot, Echezéaux, La Romanée, La Tâche etc.)
Quanto as áreas de produção a Borgonha pode ser dividida em 5 sub áreas distintas:
- CHABLIS - Esta sub área é localizada a 180 Km ao sul de Paris e a, aproximadamente, 100 Km ao norte da área principal da Borgonha e a somente 40 Km da região de Champagne. Se produzem exclusivamente vinhos bracos a partir da casta Chardonnay, frescos e muitas vezes caracterizados por aromas minerais. Normalmente são fermentados e afinados em tanques de aços inox, tendo características gusto-olfativa mais básicas.
- CÔTE d'OR - Compreende a área geográfica que vai da cidade de Dijon até Santenay sendo esta a área mais famosa da Borgonha: todos os vinhos Premier Cru e Grand Cru são produzidos nesta sub área. A Côte d'Or è, por sua vez, dividas em duas micro regiões: A Côte de Nuits ao norte e a Côte de Beaune ao sul. Na Côte de Nuits, localizado no norte, a uva rainha é a tinta Pinot Noir mas também estão presentes pequenas produções de vinhos brancos oriundos de uvas Chardonnay, Pinot bianco e Pinot grigio. Aqui também o território é divididos em vilarejos com as próprias classificações específicas: entre as mais importantes lembramos a Chambolle-Musigny, Fixin, Gevrey-Chambertin, Marsennay, Morey-Saint-Denis, Nuits-Saint-Georges, Vosne-Romanée e Vougeot. Entre os Grand Cru vale a pena lembrar o Bonnes Mares,Chambertin, Chambertin-Clos de Beze, Clos de Roche, Grands Echezeaux, Clos de Veugeot, Musigny, Richebourg, Romanée Conti e La Tache. Em um nível mais baixo achamos as denominações Côte de Nuits Villages e Hautes-Côtes de Nuits cujos terrenos encontram-se em altitudes maiores e resultam em vinhos de menor prestigio. Já a Côte de Beaune identifica a área meridional da Côte d'Or e se produzem principalmente vinhos brancos oriundos de uvas Chardonnay, entre o melhores do mundo, e alguns vinhos tintos também, mas muito menos conhecidos. Entre os vilarejos da Côte de Baune lembramos Aloxe-Corton, Auxey-Duresses, Beaune, Blagny, Chassagne-Montrachet, Chorey-Lès-Beaune, Landoix-Serrigny, Meursault, Monthélie, Pernand-Vergelesses, Pommard, Puligny-Montrachet, Saint-Aubin, Saint-Romain, Santenay, Savigny-Lès-Beaune e Volnay. Os Grand Cru desta sub área são Montrachet, Bâtard-Montrachet, Bienvenue-Bâtard-Montrachet, Chevalier-Montrachet, Corton-Charlemagne e Criots-Bâtard-Montrachet. Os vinhos pertencentes a denominalção Côte de Baune Villages são produzidos por meio de misturas de outras uvas (blend) enquanto os Hautes-Côte de Baune tem un nível qualitativo inferior a causa da maior altitude a da menor exposição ao sol das videiras.
- CÔTE CHALONNAISE - localizada ao sul da Côte d'Or aqui se produzem vinhos brancos e tintos. Nesta sub área não existem vinhos Grand Crus mas temos diversos Premiere Cru, a ladeia mais famosa é Mercurey já em Bouzeron se produzem os melhores vinhos brancos oriundos da casta Aligoté. Outras aldeias famosas são Givry (vinhos tintos), Montagny (vinhos brancos) e Rully conhecida pela produção de espumantes método clássico denominados Cremant de Bourgogne e produzidos com castas Aligoté e, em menor porcentagem, Pinot Noir, CHardonnay, Pinor bianco e Pinor grigio.
- MÂCONNAIS - descendo mais ao sul se produzem vinhos brancos menos elaborados sendo que, nesta sub área, não estão presentes Premier Cru e Grand Cru. Os melhores vinhos desta sub área são os das aldeias Mâconnais, Poully-Fuissé e Saint-Veran, todos produzidos a partir de uvas Chardonnay. Curiosidade: nesta área existe uma pequena aldeia chamada justamente Chardonnay só que não se sabe se o nome da uva seja oriundo do nome do vilarejo ou vice versa.
- BEAUJOLAIS - é a sub área vinícola mais ao sul da Borgonha, completamente diferente das outras sub áreas mesmo pertencendo a mesma micro região. Diferente seja pelo clima que pelas uvas: aqui o protagonista é o Gamay, uva tinta com o qual é produzido o famoso Beaujolais Village, tão famoso graças ao marketing do governo francês que ofuscou outros vinhos bem mais importantes desta sub área. O 90% da produção é de vinhos tintos (os brancos são feitos a partir das castas Chardonnay e Aligoté e nos vinhos Beaujolais temos 3 classificações de qualidade: Beaujolais, Beaujolais Village e Beaujolais Cru que, neste caso, não indica os vinhedos mas sim as dez melhores aldeias da sub área:Brouilly, Chénas, Chiroubles, Côte de Brouilly, Fleurie, Juliénas, Mourgon, Moulin-à-Vent, Reginé e Saint-Amour.
Tem alguma indicação de bons vinhos da Borgonha?
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