quarta-feira, 27 de maio de 2020

TOSCANA - PRODUÇÃO DE VINHOS 2019

Como não poderia deixar de ser vamos hoje analisar os dados recém publicados pelo ISTAT (Instituto de Estatística italiano) sobre a produção de vinhos da Toscana, uma das regiões mais icônicas da Itália, da última safra (2019).


A tabela acima nos mostra os principais dados relativos a última safra na Toscana: a produção total de vinhos foi de 2,63 milhões de hl. alinhada seja com a média histórica (+1%) que com o resultado do ano anterior (+1%).
Analisando mais pontualmente a tabela podemos ressaltar que, enquanto os vinhos tintos representam o 87% da produção total da Toscana (porcentagem mais alta de toda a Itália em fato de representatividade de vinhos tintos) e aumentaram 1% em comparação ao 2018 e 3% sobre a média histórica dos últimos 10 anos, os brancos ficaram , em volume, abaixo da média histórica de 10%.
Quanto as denominações, apesar dos Docs terem registrado uma flexão de 3% em comparação ao ano anterior, ainda representam o 63% de toda a produção da região, atestando que os vinhos da Toscana são altamente qualitativos e estão alinhados à média histórica; já os Igts tiveram um sensível aumento (+11%) em comparação à 2018, puxados pelo aumento principalmente dos tintos Igt (+15%) com um volume total de 552 mil hl. Os vinhos de mesa também aumentam em volume, seja em comparação ao ano anterior que na média histórica (+20%)

Para finalizar até em função da análise da tabela acima fica fácil afirmar que a Toscana é uma região com alta vocação a produção de vinhos de grande qualidade (Doc=63%), principalmente tintos (87% do total dos quais 57% Doc).

quarta-feira, 20 de maio de 2020

CONSUMO DE VINHOS TOTAIS E PER CAPITA 2019

A OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho) acabou de publicar os dados relativos ao consumo mundial de vinhos do ano de 2019, conforme tabela abaixo:


Analisando os resultados acumulados é evidente que o consumo de vinho no mundo está praticamente parado: excluindo uma breve parêntesis em 2017 o volume total não superou os 244 milhões de hectolitros desde 2012. De modo geral o aumento dos consumos de alguns países ricos e culturalmente propensos ao consumo do vinho foi neutralizado pela diminuição de outros países onde, talvez, o consumo era demasiadamente alto ou que não conseguem manter um nível de crescimento constante (China).
Dos primeiros 10 países listados os únicos que registraram uma expansão significativa foram os EUA e Alemanha com +2% a mais que em 2018 (1,6 milhões de hectolitros para os EUA e 0,4 milhões para a Alemanha); já Itália, Espanha, Russia e Argentina registraram pequenos aumentos no consumo (todos abaixo de 1%), enquanto China, Inglaterra, França e Argentina amargaram diminuições, com a China liderando com - 3,2%.
O principal mercado consumidor mundial é os EUA, com um volume anual em 2019 de 33 milhões de hectolitros, com aumentos constantes nos últimos 10 anos: +2% sobre 2018 e +10 sobre a média histórica. Além do mais, considerando a população dos EUA (331 milhões) se evidencia que o consumo per capita é somente de 10 l./ano,  com um potencial muito grande de aumento no futuro.
Por outro lado na China as coisas não parecem tão interessantes: o vinho é consumido por uma pequena fatia da população, tanto que o consumo per capita é somente de 1,2 l./ano (quanto o meu consumo de 4 dias). Tirando o período 2015-2017 quando tivemos 3 anos de aumento contante e de record de consumo, a China nos últimos dois anos perdeu 1,5 milhões de l. Apesar disso aparece na quinta posição mundial.
Analisando o bloco Franca, Itália, Alemanha, Inglaterra e Espanha (segundo, terceiro, quarta, sexto e sétimo lugar) vemos que estes países, juntos, somam 93,6 milhões de hectolitros e cujos consumos aumentaram no último ano. Este bloco é ainda mais interessante pela potencialidade que exprimem pois  o consumo per capita deste bloco é de aproximadamente 10 l./ano (estes cinco países juntos tem 224 milhões de abitantes, aproximadamente a mesma população dos EUA).
Para melhor compreender os números acima abaixo segua a tabela do consumo per capita recém publicada pela OIV:


terça-feira, 12 de maio de 2020

PORTUGAL E SUAS CASTAS "MUTANTES"

Antes de começar a escrever um pouco sobre as castas "mutantes" de Portugal, e quando escrevo "mutantes" não me refiro ao fato que as uvas durante a noite se transformam em pequenos seres alienígenas, mas sim a questão de cada casta mudar de nome dependendo a região de Portugal onde é plantada, devo admitir que a Lusitânia (nome utilizado para indicar o Portugal na antiguidade) foi um dos últimos países que estudei durante minha trajetória enológica, um pouco pelo fato de nunca ter tido muita proximidade pessoal com este país, e também pelo nó que dava na minha cabeça todas as vezes que bebia um vinho português, quando lia o contra rótulo, ao me deparar com, no mínimo, 6 uvas utilizadas para produzi-lo. Encarei isso como um desafio pessoal e me comprometi a aprofundar mais meus conhecimentos sobre a vitivinicultora portuguesa, e, a partir desta minha confusão inicial, decidi escrever este artigo pois acho que muita gente também fica um pouco perdida quanto as principais uvas de Portugal e seus diferentes nomes.
Examinando os principais países produtores de vinhos europeus Portugal é um dos menores seja em termos de superfície plantada que de produção, respectivamente 200.000 ha. e 6 milhões de hl/ano (mais ou menos 1/5 da produção da vizinha Espanha) e historicamente o pulo de gato da enologia portuguesa se deu com os vinhos fortificados do Porto e Madeira que, pelo fato de terem um alto teor de açúcar e de álcool resistiam muito bem as travessias marítimas para chegar ao principal mercado de exportação de Portugal, a Inglaterra. A produção de vinhos portugueses (como todos os outros países da Europa) teve grandes problemas durante a filoxera mas enquanto o resto da Europa conseguiu se reerguer, Portugal sofreu muito o isolamento político que viveu até meado de 1970 e que não permitiu que fossem implementadas politicas de melhoria nos vinhedos para aumentar a qualidade dos produtos e ao mesmo tempo investimentos institucionais para que os vinhos tintos e brancos fossem conhecidos fora de Portugal. Foi somente após a entrada do Portugal na Comunidade Europeia (1986) que o setor vinícola do país começou a se reestruturar e os produtores, visando os mercados externos, foram obrigados a implementar melhorias substancias seja nos vinhedos que nas cantinas para a melhoria da qualidade dos produtos.
Hoje as principais regiões vinícolas de Portugal são Minho, Douro, Bairrada, Dão, Ribatejo, Alentejo, Península de Setúbal e Algarve, além, obviamente, da Ilha de Madeira.
Falando um pouco mais sobre as castas, Portugal é um país com um número impressionante de castas autóctones (mais de 100) de origem muito antiga (fenícios e cartaginenses) e somente na região do Douro, a pátria do vinho do Porto, podemos encontrar quase 80 destas uvas, mas com pouca presença de uvas internacionais que não se adaptaram muito bem as condições climáticas e de terreno. Dentre as castas brancas mais utilizadas podemos mencionar a Alvarinho, Arinto, Bual, Encruzado, Fernão Pires, Gouveio, Loureiro, já para as tintas A Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez, Castelão, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinta Cão, Touriga Nacional e Touriga Francesa.
Mas para voltar ao assunto da abertura sobre a "mutação" das castas portuguesas, abaixo anexo duas planilhas que evidenciam como o nome das uvas, em Portugal, muda em função da área onde é plantada. As vezes encontramos nomes bem esquisitos, mas espero que as tabelas abaixo ajudem os leitores a se orientar um pouco mais no complexo mundo das uvas "mutantes" portuguesas:

CASTAS BRANCAS
Nome Sinônimos
Alicante branco Cachudo, Branco Conceição, Pérola
Alvar Alvar branco
Alvarinho Galego, Galeguinho
Arinto Padernã, Pé de Perdiz branco, Chapeludo, Cerceal,Azal espanhol, Azal, Galego, Branco espanhol
Arinto do Interior Arinto do Douro, Arinto de Trás-os-Montes
Azal Azal, Gadelhudo, Carvalhal, Pinheira
Babosa Malvasia Babosa
Batoca Alvaroça, Alvaraça, Sedouro
Bical Borrado de Moscas, Arinto, Fernão Pires, do Galego, Pedro
Boal espinho Batalhinha
Branco João Branco Sr. João
Branda D. Branca, Dona Branca
Carrasquenho Boal Carrasquenho
Carrega branco Malvasia Polta, Barranquesa
Cerceal branco Cercial
Diagalves Formosa, Carnal
Dorinto Arinto branco
Esganoso Esganoso de lima, Esganinho, Esgana Cão Furnicoso
Estreito Macio Estreito ou Rabigato
Fernão Pires Maria Gomes
Folgasão Terrantes
Gigante Branco Gigante
Gouveio Verdelho
Lameiro Branco lameiro. Lameirinho, Luzidio
Lilás Alvarinho lilás
Malvasia Fina Boal, Boal branco,Arinto-do-Dão, Assario branco, Arinto, Galego, Boal Cachudo
Malvasia Rei Seminário, Assario, Listrão, Pérola, Moscatel Carré, Grés, Olho de Lebre
Malvasia Romana Malvasia Cândida Romana, Malvasia Cândida branca
Malvia Malvasia de Setubal
Malvoeira Malvasia de Oeiras
Manteúdo Manteúdo B., Vale Grosso, Manteúdo Branco
Moscatel Galego branco Moscatel, Moscatel de Bago Miudo
Moscatel Graúdo Moscatel de Setubal
Moscatel Nunes Moscatel Branco
Rabigato Franco Rabigato Francês
Rabo de Ovelha Medock, Rabigato, Rabo de Gato, Rabisgato, Rabo de Careneiro
Roupeiro Bramco Roupeiro
Santoal Boal deSantarém
Semillon Boal
Sercial Esgana Cão, Esganoso
Síria Roupeiro, Crato Branco, Malvasia, Posto Branco, Côdega, Alvadurão do Dão
Tália Braquinha, Douradinha, Pêra de Bode, Ugni Blanc, Esgana Rapazes, Espadeiro Branco, Malvasia Fina, Trebiano, Afrocheiro Branco
Tamarez Arinto Gordo, Boal Prior, Trincadeira de Douro
Trajadura Trincadeira, Mourisco
Trincadeira das Pratas Tamares
Uva Cão Cachorrinho
Valente Branco Valente 
Vencedor Boal Vencedor
Vedelho Verdelho Branco, Verdelho dos Açores
Vital Boal Bonifácio, Malvasia Corada
CASTAS TINTAS
Nome Sinônimos
Alcoa Tinta da Alcobaça
Afrocheiro Afrocheiro Preto
Alicante Bouschet Alicante Tinto, Tinta Fina, Tinta de Escrever, Uva Rei, Boal de Alicante, Boa!
Alvarelhão Brancelho, Brancelhao, Pirraúvo
Amaral Azal Tinto
Amostrinha Preto Martinho
Aragonez Tinta Roriz, Tinta de Santiago
Baga Tinta da Bairrada, Poerinho, Baga de Louro
Barca Tinta da Barca
Barreto Barreto de Semente
Bastardo Bastardinho
Bastardo Tinto Bastardo Espanhol
Bonvedro Monvedro Tinto, Monvedro de Sines
Borraçal Bogalhal, Carnho Grosso, Olha de Sapo, Esfarrapa, Murraçal
Bragão Tinta Bragão
Camarate Castelão, Castelão Nacional, Moreto, Moreto de Soure, Negro Mouro, Moreto
Carrega Burros Esgana Rapousas, Malbasias
Castelão Periquita, João de Castelão, Castelão Francês, 
Cidadelhe Tinta de Cidadelhe
Cornifesto Cornifesto Tinto
Engomada Tinta Engomada
Espadeiro Espadeiro Tinto, Padeiro, Cinza, Espadal
Fepiro Alentejana
Gorda Tinta Gorda
Graciosa Tinta da Graciosa
Grand Noir Sousão, Sumo Tinto
Grenache Abundante
Grossa Tita Grossa
Malandra Tinta Malandra
Malvasia Preta Moreto
Marufo Mourisco Tinto, Moroco, Uva do rei, Olho de Rei
Merla Tinta Merla
Moscargo Portalegre
Moscatel Galego Tinto Moscatel Tinto
Padeiro Padeiro de Basto
Pical Pical Polho, Pic Pul
Pilongo Turigo
Português Azul Branco Escola, Branco de Asa, Azal de São Tirso
Rabo de Anho Rabo de Ovelha
Ramisco tinto Ramisco
Ricoca Tinta Ricoca
Rodo Tinta Rodo
Roseira Tinta Roseira
Rufete Tinta Pinheira, Penamacor
Santareno Santarém
Sousão Sousão Forte, Sousão de Comer, Sousão Vermelho
Tinta Caiada Monvedro
Tinta Negra Negra Mole
Tinta Penajóia Tinta Roriz de Penajóia
Tinta Pomar Tinta Mole
Tinto Cão Padeiro, Tinto Mata
Touriga Fêmea Touriga Brasileira
Touriga Franca Touriga Francesa
Touriga Nacional Preta Mortagua, Azal Espanhol
Tricadeira Tinta Amarela, Trincadeira Preta, Crato Preto, Folha de Abóbora, Mortagua. Espadeiro, Toneiro, Negrada, Castelão
Valdosa Tinta Valdosa
Verejoa Tinta Verejoa
Verdelho Tto Verdelho, Verdelho Feijão, Feijão, Mindeço
Vinhao Tinto, Tinto Nacional, Negrão, Pé de Perdiz, Espadeiro Preto, Tinta Antiga, Tinta de Parada, Sousão

sábado, 2 de maio de 2020

VELHO MUNDO x NOVO MUNDO

Antes de entrar no detalhe de questões relativas aos vinhos vamos tentar tirar as duvidas a respeito dos significados de Novo Mundo e Velho Mundo.
Obviamente são duas posições antitéticas, de um lado temos o Novo Mundo, ou seja o lado do mundo que coincide com as Américas e suas ilhas próximas, ou seja o continente que era NOVO para o europeus. Em contraposição temos o Velho Mundo que é identificado como as partes das terras conhecidas antes das viagens de Cristovão Colombo e, normalmente, indicam os continentes da Europa, Ásia e Africa.
Se levamos esta diferenciação à área vinícola podemos identificar como vinhos do velho mundo os da Europa, (Itália, França, Espanha,Portugal, Grécia, etc.), já os do novo mundo da Califórnia, Argentina, Chile, Brasil, aí incluindo também Austrália, Nova Zelândia.
Não falaremos aqui se uns são melhores do que os outros, esta avaliação será deixada a cargo do leitor até porque, como sempre falo, cada um tem um paladar diferente e que mais se identifica com as características de produção de cada casta e de cada região: meu intuito é evidenciar as principais características de cada bloco de modo que vocês façam as devidas análises na hora da escolha do vinho a ser consumido.
VELHO MUNDO é sinônimo de tradição que está presente na produção das uvas, na elaboração do vinho e na fase de amadurecimento: aqui cada vinho tem uma história para contar com padrões de qualidade rígidos e leis vinculantes que devem ser obedecidas. A palavra chave para tudo isso é terroir: um conceito até poucos anos atrás muito difícil de ser exemplificado e que a OIV (Organização Internacional do Vinho e da Videira) definiu como a relação, quase mística, entre solo, clima e interação humana com a planta. É, portanto, a palavra chave que representa quase todos os fatores primordiais nas produções dos vinhos do Velho Mundo, e esta interação é que permite, junto as Denominações de Origens, que o objetivo seja a obtenção da melhor matéria prima possível para o produção do produto acabado VINHO. Deste jeito o produto final é um vinho cuja características são:
  • Grande equilíbrio entre aromas, sabor e texturas;
  • Sabores intensos;
  • Taninos macios;
  • Colorações elegantes e longevas;
  • Boa acidez;
  • Complexidades de aromas, e
  • Elevada identidade regional do cultivo.

Outra característica importante e de destaque dos vinhos do Velho Mundo são os rótulos: notadamente mais bem cuidados e de maior tradição estética, as informações que constam neles raramente remandam as uvas, mas tem muito mais a ver com as áreas de cultivo das mesmas e suas denominações de origens. O vinculo entre o território e o vinho é um dos pilares dos vinhos do Velho Mundo em que o terroir é parte indivisível e onde, para se enquadrar em uma denominação de origem específica, precisa respeitar à risca regras muito restritas.
Deste jeito temos na França as regiões de Bordeaux, Borgonha, Cotes du Rhone, Languedoc-Russillon, Champagnes com as próprías denominações (AOC, Vin de Pays e Vin de Tables), na tália as regiões do Piemonte, Veneto, Toscana, Puglia, Sicilia, etc. com as próprias denominações (Docg, Doc, Igt e vini da Tavola), na Espanha as regiões de Rioja, Ribera del Duero, Priorat, Rias Baijas e Penedés com as próprias denominações (DOCa. DO, Vino de la Tierra e Vino de Mesa) e no Portugal as regiões de Douro, Madeira, Minho, Alentejo com as próprias denominações (IPR, Vinhos Regionales e Vinhos de Mesa).
NOVO MUNDO se identifica mais com inovação: a maioria dos países pertencentes a este bloco foi descoberto e colonizado por europeus e foram eles que levaram as videiras para cultivo, mas devido as características do clima e dos solos se desenvolveram novas técnicas de cultivo que as do velho Mundo que geraram vinhos diferentes. A elaboração dos vinhos no Novo Mundo une parte da tradição dos países europeus com a inovação e a tecnologia inovadora necessária a adaptação das videiras, por isso podemos afirmar, em termos gerais, que os vinhos do novo mundo são mais versáteis e mais "comerciais", já que conquistaram em um breve espaço de anos os gostos dos novos consumidores internacionais ( de 20 à 29 anos) que preferem um vinho mais jovem, onde os aromas frutados sejam mais marcantes, com cor intensas e graduação alcoólica acima de 12,5%. Deste jeito podemos concluir que os vinhos do Novo Mundo possuem as seguintes características:
  • Textura mais macia;
  • Maior teor alcoólico;
  • Menor acidez;
  • Evidenciadas notas de carvalho;
  • Colorações mais intensas e concentradas, e
  • Sabores mais frutados.
As embalagens também evidenciam a jovialidade destes vinhos, especialmente nos rótulos que são menos "barrocos" e mais coloridos que os do Velho Mundo, com a grande diferença que, enquanto nos países da Europa o destaque se da na Denominação de Origem, os países pertencentes ao Novo Mundo ressaltam no rótulo o nome da casta principal com que o vinho é produzido (normalmente a maioria dos vinhos são varietais, ou seja uma única casta contribui de 75 à 85% com o blend do vinho) e só marginalmente na Denominação, até porque na maioria destes países as denominações são mais voltadas a enfatizar uma ferramenta comercial. Deste jeito temos na Argentina vinhos com Malbec, Bonarda e Torrontés, no Chile a Carmenere, Cabernet Sauvignon e Chradonnay, no Uruguay a Tannat, na Austrália Shiraz e Sauvignon Blanc, na Áfriva do Sul Pinotage e Shiraz.