segunda-feira, 13 de outubro de 2025

EXPORTAÇÃO VINHO ITALIANO PRIMEIRO SEMESTRE: EQUILÍBRIO PRECÁRIO

Os dados do Istat sobre as exportações de vinho italiano atualizados em junho de 2025, mostram uma ligeira melhora, mantendo um passivo “leve” em relação ao primeiro semestre de 2024. Portanto, -0,47% em valor (contra -0,82% em maio) para 3,8 bilhões de euros e -3,1% em volume (era -3,8% em maio de 2025), ultrapassando um milhão de litros. E, mais uma vez, uma confirmação: após os impostos de Trump, de 10% até o início de agosto, e de 15% a partir de Setembro, os Estados Unidos, juntamente com o Canadá, continuam em alta, enquanto a queda, especialmente em valor, é atribuída principalmente ao colapso da Rússia e à desaceleração em alguns mercados europeus importantes, como a Alemanha e o Reino Unido, mas também na Ásia, da China ao Japão. Se comparados a última medição, os espumantes também se recuperaram, passando de -1% para -0,4% em valor, equivalente a 1 bilhão de euros, enquanto o sinal negativo se tornou positivo em volume, com 254,1 milhões de litros (+0,1%). Assim, chegados à metade do ano, o vinho italiano, apesar das suas dificuldades e na expectativa dos efeitos mais “pesados” da taxação dos EUA, mantém-se na esteira dos números de 2024, saudado como um ano recorde, em equilíbrio substancial, pelo menos em valor, embora evidentemente “precário” dadas as muitas incertezas, dificuldades e crises que caracterizam esta fase da história mundial do setor.

Olhando para os mercados individuais, os Estados Unidos continuam a dominar com 988,4 milhões de euros em valor (+5,2% em relação ao primeiro semestre de 2024), apesar de uma pequena desaceleração, e 179,9 milhões de litros (+1,1%). A Alemanha, mercado líder europeu, está em 573,2 milhões de euros em valor (-1,8%), continuando a cair também em volume, para 234,5 milhões de litros (-7,4%). O Reino Unido permanece em terceiro lugar, mas fica em 370,1 milhões de euros em valor (-4,5%) e 118 milhões de litros em volume (-2,1%). Por outro lado, o crescimento do Canadá foi brilhante, provavelmente devido às tensões com os EUA e à consequente escolha de comprar em outros lugares, com 197,7 milhões de euros (+12,8%) e 34,9 milhões de litros (+6,6%). O Canadá ultrapassa a Suíça, que mantém uma tendência estável (+0,4%), com 194,9 milhões de euros. Continua a afinidade entre a França, primeira potência vinícola em valor, e o vinho italiano, com as exportações no primeiro semestre de 2025 atingindo 158 milhões de euros (+1,85%).

Olhando fora da Europa não representa novidade alguma a ausência de boas notícias da China para o vinho italiano, com as exportações para o país do Dragão parando em 33,6 milhões de euros, com uma queda estrondosa de 21,7%, tanto que foi ultrapassado pela Austrália, com 34,5 milhões de euros (+0,5%), com a Coreia do Sul se aproximando de 26,3 milhões de euros (+0,9%). Em crescimento, embora ainda seja um mercado marginal, o Brasil atingiu 18,6 milhões de euros (+5,5%, mas em queda em relação a maio), com o país sul-americano sendo, para alguns especialistas, um mercado especial a ser observado, em uma perspectiva futura, para o vinho italiano.





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