sexta-feira, 25 de julho de 2025

VINHOS ROSÉS: MERCADOS E TENDÊNCIAS

Coral, pêssego, salmão, casca de cebola ou framboesa: há um tom para todos os amantes de vinho que, de acordo com as últimas tendências enológicas, estão cada vez mais se apaixonando pelo “rosa” na taça. E se a França continua sendo o maior produtor e consumidor de vinhos rosados do mundo — basta pensar na Côte de Provence, território que deu início a um verdadeiro estilo internacional reconhecido e imitado em todo o mundo —, seguida pelos Estados Unidos, a Itália conquista posições e, acima de tudo, eleva o nível de qualidade, do Alto Adige ao Lago de Garda, do Abruzzo à Sicília, passando pelo Salento. No dia 27 de junho celebrou-se o Dia Internacional do Rosé, para dar início à temporada de verão na Europa e à tendência, cada vez mais difundida, de vinhos mais frescos e menos pesados para se beber, com o rosé como candidato ideal. O primeiro rosé italiano, o Five Roses da Leone de Castris, foi engarrafado há 80 anos (e possui uma clientela fiel também nos Estados Unidos), e agora a escolha de rótulos italianos é ampla.

De acordo com o “Observatoire Mondiale du Rosé”, publicado pela FranceAgriMer e pelo Conseil Interprofessionnel del Vins de Provence, um dos distritos mais importantes do mundo para este tipo de vinho, a França é o primeiro país produtor de rosé (30% do total), à frente da Espanha (21%), Estados Unidos e Itália (10% para ambos). As exportações globais mantêm-se em 10,9 milhões de hectolitros em 2022, com a Espanha continuando a ser o primeiro exportador (38% do volume), à frente da França (18% o volume) e da Itália, com os rosés que estão se posicionando na gama alta. O faturamento global das exportações atinge 2,4 bilhões de euros (+0,3 bilhões de euros em relação a 2021) e, em termos de avaliação, os rosés franceses reforçam sua liderança, com um preço médio elevado que tende a subir. Apesar de uma queda na produção e no consumo interno, a França continua sendo líder indiscutível entre os vinhos rosados: primeiro produtor, primeiro consumidor, primeiro exportador em valor (e o segundo em volume) e o principal importador em volume.

Mas a Itália está cada vez mais voltada para a produção de rosés, elevando a oferta qualitativa. Entre os rosés made in Italy, o primeiro foi o Five Roses, vinho-ícone da vinícola Leone De Castris, na Puglia, que hoje conta com 300 hectares para uma produção total de 2,5 milhões de garrafas. Blend de Negramaro e Malvasia Nera produzido a partir de vinhas cultivadas em sistema alberello, é sem dúvida um dos vinhos mais significativos da Puglia vinícola. Deve seu nome ao local de origem das uvas (contrada Cinque Rose) e ao “capricho” do general aliado Charles Poletti que, no final da Segunda Guerra Mundial, obteve um grande fornecimento deste rosé, mas quis dar-lhe um nome em inglês. De cor rosa cereja brilhante e cristalina, seus aromas frutados lembram cereja, morango e romã, enquanto o paladar é agradavelmente fresco, suave e saboroso.

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O PAPEL DOS ENÓLOGOS NAS VINÍCOLAS