2021 marca a retomada do consumo dos vinhos em geral que, depois das baixas nas vendas registradas em 2020 causa lockdown pela Covid 19, estão reagindo de forma vigorosa retornando ou até melhorando os volumes de 2019. Esta e a tendência registrada em todos os principais países produtores de vinhos, da Itália a França, passando pela Espanha, para todos as categorias de vinhos.
Os mais prejudicados pela crise de 2020 foram, sem sobra de dúvidas, os espumantes, protagonistas dos consumos fora de casa, e desde sempre sinónimos de festa e celebração, que mais de qualquer outra categoria sentiram na própria pele as consequências das medidas restritivas impostas durante a primeira onda de infecções do Covid. Quem tinha vontade de festejar quando todos estavam sendo infectados por esta misteriosa virose? Começando pela Itália 2021 foi um ano de recordes em conformidade a quanto divulgado pela Coldiretti (Organização dos empresários agrícolas italianos), com mais de 1 bilhões de garrafas produzidas, registrando um aumento de 23% em comparação a 2020. Números expressivos aonde o sistema Prosecco (Prosecco Doc, Asolo Prosecco e Valdobbiadene Prosecco Superiore) é o espumante mais representativo com 753 milhões de garrafas produzidas, dos quais 600 milhões são de Prosecco Doc. O Asti Docg volta a crescer com 102 milhões de garrafas a frente de Franciacorta, Trento Doc e Oltrepó Pavese. O sucesso dos espumantes italianos é fruto do aumento do mercado interno com um valor, de +27% mas também do forte aumento da demanda internacional que, com +29% em comparação a 2020, alcançou o volume de venda de 700 milhões de garrafas.
Se em volumes os espumantes italianos em suas diferentes denominações dominam as exportações, a França é que detém o recorde em valor das exportações de espumantes: graças as exportações e a fidelidade dos consumidores das grandes cuvées, o Champagne alcança, em 2021, um faturamento de 5,5 bilhões de Euros, apesar da média das exportações no período 2020-2021 ficar em 290 milhões de garrafas (4,9 bilhões de faturamento), abaixo de quanto registrado em 2019, período pré pandemia (300 milhões de garrafas por 5 bilhões de faturamento), conforme quanto divulgado por Jean-Marie Barillère, presidente da Union de Maisons de Champagne. Em 2021 as vendas de Champagne alcançaram as 322 milhões de garrafas (+32% em comparação a 2020), com o mercado interno registrando +25% por un total de 142 milhões de garrafas e com exportações em aumento (totalizando 182 milhões de garrafas).
Já o Cava, o método clássico espanhol, fica no meio entre o Prosecco e o Champagne no que diz respeito a produção, faturamentos e preços. Com base nas estimativas publicadas pelo Consejo Regulador da grande denominação espanhola, as vendas de Cava alcançaram 250 milhões de garrafas, com um crescimento de 16,45% em comparação a 2020 e acima dos níveis registrados em 2019. Cresce o mercado interno espanhol, mas de 4 garrafas produzidas 3 são destinadas a exportação, com os EUA que aumentaram o volume em 63%, ficando assim o segundo mercado de destino do Cava, só atrás da Alemanha.