Foi publicada no 28 de Agosto passado na revista Gastroenterology um novo estudo do King's College de Londres onde se identifica um vinculo muito estreito entre o consumo de vinho tinto e o aumento da diversidade microbiótica intestinal, além da correlação entre o consumo de vinho tinto e níveis menores de obesidade e colesterol.
Os pesquisadores do departamento de epidemiologia genética e pesquisa de gêmeos do College conduziram um estudo analisando os efeitos da cerveja, cidra, vinhos tinto, vinho branco e super alcoólicos sobre o microbióma intestinal (GM) e respectiva saúde de 916 gêmeas da Inglaterra. A pesquisa revelou que o GM das consumidoras de vinho tinto era mais diversificado em comparação a quem consumia outros tipos de bebidas alcoólicas.
A coleta de micro organismos em um ambiente, conhecido como microbióma, desenvolve um papel muito importante para a saúde das pessoas e quanto mais se apresente diversidade microbiótica no intestino maiores são os efeitos benéficos sobre a saúde. Resultados parecidos foram obtidos, também, em 3 outras pesquisas similares na Inglaterra, EUA e Holanda, levando em consideração fatores como idade, peso, dieta regular e o estado sócio econômico dos participantes.
O principal motivo da associação "vinho tinto-intestino" é a presença dos numerosos polifenóis do vinho tinto que possuem propriedades benéficas (principalmente antioxidantes) e funcionam como carburante para os micróbios presentes no intestino.
A primeira autora do estudo, Caroline Le Roy,comentou: "beber vinho tinto, mesmo que raramente, uma ou duas vezes por semana, parece ser suficiente para observar algum efeito. Se precisa optar, hoje, por uma bebida alcoólica esta é a que deve ser escolhida pois parece exercer um efeito benéfico sobre você e teus micróbios intestinais, que podem até te ajudar a diminuir o peso corpóreo e o risco de doenças cardiovasculares. Se aconselha, de qualquer jeito, de consumir bebidas alcoólicas com moderação"
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