O mais usado é o Instagram, seguido pelo Facebook, que mantém sua presença, embora seja considerado menos eficaz e - enquanto o WhatsApp e o Google My Business se consolidam como ferramentas de comunicação direta - o X (antigo Twitter) é considerado em declínio e cada vez mais abandonado. O TikTok mostra amplo potencial de crescimento, mas ainda luta para se estabelecer devido ao seu público muito jovem, com o LinkedIn permanecendo como o canal preferido para relações corporativas e o YouTube sendo pouco explorado e, portanto, ainda de valor marginal. Essas são algumas das conclusões do “Enodata” 2025 sobre mídias sociais, um estudo catalão sobre o uso das principais plataformas sociais em relação às vinícolas da Catalunha, realizado com o apoio do Incavi - Institut Català de la Vinya i el Vi, que analisou vários perfis de empresas catalãs que publicaram pelo menos um conteúdo nos últimos 12 meses: entre os objetivos declarados de sua presença social, 91% a utilizam para aumentar sua notoriedade, 83% a utilizam como uma forma de reter clientes e 71% visam atrair novos visitantes. Há também 52% que usam as mídias sociais para vendas diretas, 33% que querem educar sobre a cultura do vinho e 32% que buscam se conectar com outros profissionais. O conteúdo mais publicado é sobre vinhedos e viticultura (83%), garrafas e rótulos (79%) ou fotos, vídeos ou postagens relacionadas ao enoturismo (77%). Mas em qual plataforma eles são carregados? O Instagram é a rede social mais ativa, usada por 100% das vinícolas catalãs pesquisadas, e a que tem a classificação mais alta entre as outras oito analisadas. E, embora 78% das empresas vinicolas digam que, graças ao Instagram, aumentaram sua notoriedade e 62% digam que, dessa forma, conquistaram novos clientes, ainda há funcionalidades pouco exploradas: por exemplo, apenas 46% têm seu perfil vinculado a um site de comércio eletrônico e apenas 24% aproveitam o botão de reserva direta, sendo que 65% das empresas não usam hashtags específicas. Portanto, de acordo com os promotores do estudo, ainda há muito espaço para melhorias.
Até o momento, o perfil do Ig com o maior número de seguidores é o da Freixenet, a maior produtora catalã de vinhos espumantes e líder mundial em exportações de Cava (76.427 seguidores), enquanto o perfil com a maior taxa de interação (4,25%) é o da El Xitxarel-lo, uma produtora de vinhos brancos. O Facebook, que começou como um canal importante, agora tem um papel complementar diante do Instagram: 98% das vinícolas têm um perfil de empresa no Fb, mas apenas 81% publicaram pelo menos uma vez no último ano, apesar do fato de 99% das vinícolas considerarem a rede social mais fácil de gerenciar. 71% a utilizam para compartilhar conteúdo já publicado no Instagram (independentemente dos diferentes públicos e algoritmos) e, dominando o ranking de seguidores, está a Familia Torres, a principal adega da Espanha e um dos nomes mais famosos e influentes do mundo (999.000 seguidores), seguida pela Freixenet (607.000) e pela Maset (29.000). Entre as mais úteis e usadas depois do Instagram, de acordo com as avaliações das vinícolas entrevistadas, estão duas plataformas que não são exatamente mídias sociais: Google My Business e WhatsApp . O primeiro é um serviço gratuito para a promoção de atividades comerciais ou públicas oferecido pelo Google e que, no caso das vinícolas, se refere principalmente ao Google Maps: é considerado conveniente porque - do lado do cliente - remete imediatamente a avaliações, horários, mapas, fotos, reservas via Cover Manager e links para comércio eletrônico. A segunda é confirmada como uma ferramenta amplamente usada e muito eficaz como canal privado: 95% das vinícolas usam o WhatsApp para responder aos clientes, gerenciar reservas, confirmar horários e visitas ou concluir vendas, e é considerada uma ferramenta essencial, especialmente para pequenas vinícolas que não têm plataformas avançadas de comércio eletrônico. O TikTok, apesar de seu vasto potencial, é pouco usado (apenas 22% das vinícolas têm uma conta ativa) e é considerado um site social muito jovem e baseado em conteúdo frívol. Ele também é frequentado por um público muito jovem (e, portanto, de acordo com vários estudos, ainda não muito interessado em vinho), com todos os riscos éticos e legais ligados à promoção de conteúdo alcoólico. O LinkedIn é considerado a rede social dos profissionais, projetado mais para as relações corporativas do que para o cliente final ou para o enoturismo e, embora seja reconhecido como útil, não é percebido como essencial na comunicação, justamente porque não é voltado para o consumidor final, mas para distribuidores, importadores e compradores. Por fim, as vinícolas também entendem a importância do YouTube, mas não investem recursos suficientes nele, apesar de outros setores, como restaurantes e hotéis, usarem a plataforma para mostrar experiências imersivas, como passeios virtuais, receitas e entrevistas: de acordo com os promotores do estudo, esses formatos também deveriam ser adotados pelas vinícolas para aproveitar ao máximo o potencial dessa rede social
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