quinta-feira, 5 de junho de 2025

EXPORTAÇÕES DE VINHOS ITALIANOS REGISTRAM RECORD EM 2024

 Em um cenário delicado onde as palavras mais populares são queda no consumo, impostos, saúde ou inflação, o vinho italiano se despediu de 2024 com um recorde histórico de exportações em valor, com 8,1 bilhões de euros, +5,5% em relação a 2023, de acordo com dados do ISTAT atualizados á poucos dias. Um crescimento econômico que também é acompanhado por um aumento nos volumes que registraram 2,18 bilhões de litros em 2024 (+3,2% em relação a 2023), mas que deve ser lido à luz do crescimento dos vinhos espumantes, que “roubaram” a participação de mercado dos vinhos tranquilos, com exportações de 555,5 milhões de litros contra os 495,7 em 2023 (+12%), por um valor de 2,3 bilhões de euros (+5%), com os vinhos espumantes agora representando mais de um quarto de todas as exportações de vinho italiano.

Entre os vários países, os EUA se confirmam, de longe, como o primeiro parceiro estrangeiro das vinícolas italianas: enquanto esperam para ver se e quando as temidas taxas prometidas por Trump chegarão, os Estados Unidos importaram 1,9 bilhão de euros em vinho italiano, um aumento de 10,2%, graças sobretudo a um final de ano que, para muitos, é o resultado de uma pequena “corrida ao estoque” justamente para se resguardar do efeito de possíveis impostos. A Alemanha também aumentou seu valor, chegando a 1,18 bilhão de euros (+3,71%), o Reino Unido ficou praticamente estável, com 851 milhões de euros (+1%), o Canadá cresceu para 447,8 milhões de euros (+15,3%), enquanto a Suíça, com 411,1 milhões de euros (-1,96%), e a França, com 304,6 milhões de euros (-0,88%), cederam um pouco. Entre os outros parceiros, a Holanda, com 257,1 milhões de euros (+10,1%), cresceu, assim como a Rússia, com 230,6 milhões de euros, com um salto de +45,6%, enquanto a Bélgica perdeu um pouco, parando em 227,5 milhões de euros (-1,6%). Entre os mercados mais importantes, a Suécia cresceu, chegando a 189,6 milhões de euros (+3%), enquanto o Japão se manteve, com 184,2 milhões de euros (+0,5%), e, ainda na Europa, a Áustria, com 163,5 milhões de euros (+14,3%), e a Dinamarca, com 150,8 milhões de euros (+4,94%), fecharam com sinal positivo. A Noruega, por outro lado, ficou bem abaixo da 'cota 100', com € 92,2 milhões (-10,9%), enquanto, na Ásia, a China parou em € 89,5 milhões, com queda de -10,2% em relação a 2023.

Nenhum comentário:

Postar um comentário