Com base nas informações e dados publicados pela OIV (Organização Internacional do Vinho) o consumo de vinho no mundo não cresce. Os mercados em crescimento no ano passado foram muito poucos e a China contrariou as expectativas de crescimento, fechando o ano com andamento negativo.
Analisando os números o volume de vinho consumido no ano passado permaneceu no patamar de 246 milhões de hl. mantendo-se inalterado em comparação ao 2017 e mais ou menos em linha com os valores dos últimos anos já que os volumes oscilam entre 241 e 246 milhões de hl.
Neste contexto podemos firmar que o quadro do consumo mundial de vinho é de franca estabilidade, graças ao crescimento estrutural de alguns países, como os EUA, cujos volumes ano passado cresceram 1% (1,8%a média anual dos últimos 5 anos) e representam o primeiro mercado mundial com o 13% dos consumos globais.
Os outros mercados que cresceram de forma expressiva ano passado foram a Russia (+7,2%) e o Portugal (5,7%)enquanto a China, que era esperado como o mercado de maior potencialidade, registrou uma queda de 1,6% mas, mesmo assim, registrando um volume total de consumo muito perto do recorde histórico de 2017.
A França e a Itália registram leves perdas no consumo geral de vinho, mas enquanto a França segue o trend de diminuição iniciado a nove anos atrás a uma taxa anua de -0,5%, a Itália consolida a própria recuperação nos volumes consumidos começada em 2015.
Já nos consumos per capita o 2018 registrou uma troca de comando no topo da classifica, com o Portugal que, pela primeira vez, registra o maior volume de consumo por habitante (45,4 l.) graças ao aumento de 5,3% no último ano, superando pela primeira vez na história a França que, ao contrário, registrou em 2018 uma diminuição no consumo per capita de 1,4%.
Seguem bem distanciadas a Itália, cujo consumo também diminui, Croácia, Eslovênia, Suíça, Bélgica, Áustria e Dinamarca. Após este bloco de países europeus surge a primeira nação do novo mundo, a Austrália com um consumo per capita de 25,4 l., em crescimento (+1,2%), enquanto a Argentina, único outro país do novo mundo nas vinte primeiras posições, registra uma forte queda (-6,2%) com um volume de 19,8 l.
O consumo per capita do Brasil permanece estável a 1,6 l. mas em diminuição desde 2011 quando registrou o recorde histórico de 1,9 l. por habitante
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